Um dos momentos de maior ansiedade que surgem quando uma família de três (marido, mulher, cão) está prestes a tornar-se uma família de quatro prende-se com a seguinte dúvida:
Como irá o cão (ou cadela) reagir?
Como irá o cão (ou cadela) reagir?
Ou então:
Terá ciúmes? Sentir-se-á abandonado? Poderá reagir com agressividade?
Infelizmente, não existe resposta certa a nenhuma das perguntas anteriores. Cada animal é um indivíduo, cada família tem um conjunto de relações próprio, os futuros pais nem sempre reagem do mesmo modo.
Sabe-se que o contacto com animais de estimação diminui a probabilidade de desenvolver alergias. O contacto com animais estimula o desenvolvimento intelectual das crianças. Existem, de facto, poucas situações que justifiquem a opção de desistir de um animal quando se espera um bébé.
Mas a dúvida persiste. Que podemos fazer para que tudo corra bem?
Bem, existem diversas medidas, mas a principal resume-se a manter o respeito e o amor pelo animal e integrá-lo nesta nova fase da vida da família.
Sabe-se que o contacto com animais de estimação diminui a probabilidade de desenvolver alergias. O contacto com animais estimula o desenvolvimento intelectual das crianças. Existem, de facto, poucas situações que justifiquem a opção de desistir de um animal quando se espera um bébé.
Mas a dúvida persiste. Que podemos fazer para que tudo corra bem?
Bem, existem diversas medidas, mas a principal resume-se a manter o respeito e o amor pelo animal e integrá-lo nesta nova fase da vida da família.
PREPARAR O TERRENO E O CÃO
- Em todas as consultas com o Médico Veterinário abordem o tema, tirem as dúvidas que forem tendo. Ele é a pessoa mais qualificada para ajudar, visto que considera os factores comportamentais, ambientais e médicos relativos ao animal. Se preferirem, marquem uma consulta para abordar especificamente este tema, de forma a não se perder o foco, no meio de uma consulta de vacinação, por exemplo.
- Não esqueçam que a saúde do animal deve estar no topo da agenda. Se necessário, antecipem vacinas, desparasitações ou intervenções que pudessem estar planeadas para a altura do nascimento ou do período pós-parto, para não se esquecerem ou por estarem demasiado ocupados. Há mesmo quem prefira realizar uma última consulta, nos últimos dias antes do parto, para se certificarem do estado de saúde do animal.
- Verifiquem (ou questionem o médico veterinário) o grau de educação do animal. Se não estiver já habituado a que não pode por as patas nas pessoas ou que não deve ladrar, por exemplo, talvez seja difícil fazê-lo no final da gravidez ou quando o bébé já chegou a casa. Não esquecer que um a cão grande não deve ser permitido por as patas na barriga da futura mãe mas também que o animal não entenderá a diferença para as outras pessoas, pelo que deve ser condicionado a não o fazer a ninguém.
- Comecem a habituar o cão a ficar fechado numa divisão, por diversos períodos. Não o transformem em castigo, deixem brinquedos e comida nessas circunstâncias para que seja algo positivo. Se o animal dorme numa divisão na qual não pode continuar, comecem o mais cedo possível o condicionamento.
- Caso o animal costume viajar no banco de trás, habituem-no a viajar sossegado ao lado da cadeira do bébé. Assegurem-se que ele viaja com cinto de segurança. Considerem se é possível que ele viaje na bagageira.
- Tentem que tudo seja o mais agradável possível. A chegada do bébé deve ser uma fonte de alegria, mas deve-se ser inflexível quanto às regras.
- Simulem as actividades que vão ter com o bébé em casa, inclusivamente com a utilização de um boneco que represente a criança. Encontrem uma gravação de um bébé a chorar e reproduzam-na frequentemente. Se o animal vier a participar nos passeios com carrinho, podem experimentar levar o carrinho e o cão para verificar o comportamento. Excitações excessivas e colocação das patas em cima do carro são alguns dos comportamentos a desencorajar.
- Deixem o cão cheirar a roupa do bébé, mesmo antes de a lavarem. Ele reconhecerá os cheiros, mesmo depois de a lavarem e vestirem ao bébé.
- Deixem o cão conhecer todo o conjunto de objectos relacionados com a criança, nomeadamente aqueles que fazem barulho. Para além de se familiarizar com eles, com os barulhos que fazem ou as luzes que emitem, permitem reconhecer medos associados a estes objectos, em contraste com medos associados ao bébé.
- Quando for a altura do parto, certifiquem-se que o animal não fica “abandonado”. Levem roupa ou cobertor para o hospital, para o impregnar com o cheiro da mãe e do bébé. Tragam essas peças para casa logo que possível.
- Caso o animal pareça não reagir ao condicionamento, ou se mostrar atitudes agressivas ou depressivas, conversem com o médico veterinário. Ele poderá avaliar a necessidade de fazer medicação (se necessário), de recomendar terapia comportamental específica ou simplesmente recomendando o ingresso em escola de educação canina.
Texto também publicado em MEGABEBÉS: http://www.megabebes.pt/3secppp/3bobybebechegar.asp#topo
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